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SAÚDE - 17 DE ABRIL DE 2020
SANCIONADA A LEI QUE PERMITE O USO DA TELEMEDICINA
NO BRASIL DURANTE A CRISE DO CORONAVÍRUS

 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a lei que dispõe sobre o uso da telemedicina, em caráter emergencial, durante a pandemia causada pelo Covid-19. A Lei 13.989, publicada dia 16 de abril no Diário Oficial da União, entende por telemedicina “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção da saúde”.

 

De acordo com o texto, o médico deverá informar ao paciente todas as limitações inerentes ao uso da telemedicina, tendo em vista a impossibilidade de realização de exame físico durante a consulta. A Lei deixa claro, além disso, que o serviço de telemedicina seguirá os padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial, inclusive em relação à contraprestação financeira pelo serviço, “não cabendo ao poder público custear ou pagar por tais atividades quando não for exclusivamente serviço prestado ao Sistema Único de Saúde (SUS)”.

 

Vetos

Bolsonaro vetou dois dispositivos do PL. O primeiro, um dispositivo que previa a regulamentação da telemedicina pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), após o período de crise causado pelo coronavírus. O presidente alegou que as atividades médicas por vias remotas devem ser reguladas por lei após o fim da pandemia.

 

O presidente vetou, ainda, a validação de receitas médicas apresentadas em suporte digital, desde que com assinatura eletrônica ou digitalizada do médico que prescreveu. O PL validava as receitas médicas virtuais, desde que possuíssem assinatura com certificação digital (assinatura eletrônica) ou apenas digitalizada. O presidente afirmou que a medida geraria risco sanitário à população por equiparar uma assinatura que utiliza criptografia e possui validade jurídica a outra de fácil adulteração. Bolsonaro disse ainda, no texto do veto, que a manutenção do dispositivo “poderia gerar o colapso no sistema atual de controle de venda de medicamentos controlados, abrindo espaço para uma disparada no consumo de opioides e outras drogas do gênero”.